Com o ar descontraído e feliz que a caracteriza, a nossa presidente, CL Eugénia Loureiro, deu as boas vindas a todos os presentes.
A noite começou com a actuação do Grupo de Fados do ISEP ( João Rocha Pinto à guitarra portuguesa, André Alves à viola e a voz tonitruante do caloiro Adolfo Ferreira ), grupo que, fundado em 1991, tem passado de pais para filhos.Ouvimos a versão do " Menino de Oiro " de Zeca Afonso e vários temas originais, de que se destaca a " Balada da Despedida ":
" Adeus, cidade das pontes
E o Douro à sua beira
Adeus, Torre dos Clérigos
Adeus, Cais da Ribeira "
Mas a noite também nos trouxe ( e em boa hora ) alguns poetas repetentes.
Fernando Santos disse José Régio, mas Fernando Cartola declamou pela primeira vez " Quem sou eu? ", poema escrito em 1971, quando foi ferido na Guiné. E lembrou com saudade o dia em que, quando dizia o poema à sua namorada Laura, foi interrompido por umas pancadas na porta dadas pela sua vizinha Laurindinha, não se tendo contido e exclamado: " Merda... Laurindinha! "
Também o nosso CL Manuel Ferreira falou da homenagem prestada à mulher no Dia Internacional da Mulher, dizendo " Perfume de Mulher " e declamando " Amor de Mãe ", poema ouvido pela primeira vez pela maioria dos presentes.
O nosso CL Abel Ribeiro disse " Estrada da Vida ", de Alice Barreto, poetisa senhorense já falecida, e que foi presença assídua no nosso clube.
Adelaide Santos Silva, especialista em literatura infantil, e animadora cultural, em especial na área infanto-juvenil, deliciou-nos com o poema " Deserto " em que, à repetição da palavra " areia ", a assistência pensava e levantava o braço direito.
Last but not least, Fernando Campos Castro.
Romancista, dramaturgo e magnífico poeta, com imensa obra publicada, e muitos prémios recebidos, disse-nos vários prémios de sua autoria ( " Pelas palavras ", " Em nome dos Pais ", " Eu gosto de Mar ", " A Cidade ", " Liberdade " ), de que destaco especialmente " O Porto às cinco da Madrugada ".