Trata-se do primeiro evento do novo ano lionístico.
Às 14h30 de sábado, 18 de Setembro, um grupo de 30 pessoas reúne-se no Palácio de Cristal, onde são apresentadas ao nosso guia, A. J. Marques da Silva, que," não tendo formação académica em História, sempre se interessou pela disciplina, sendo com naturalidade que, após a reforma, se dedicou ao estudo da História da Cidade do Porto, o que tem feito nos últimos oito anos. Sempre que solicitado pelos amigos guia-os pelas ruas do velho Porto."
A visita começa pela Quinta da Macieirinha. Mas antes de entrarmos no Museu Romântico, última residência do Rei do Piemonte e da Sardenha, Carlos Alberto, é tempo de ouvirmos as doutas explicações do nosso guia acerca do Romantismo, dos escritores daquele tempo, dos brasileiros de torna-viagem, dos novos ricos, dos títulos nobiliárquicos comprados ou obtidos por via do casamento, dos jogos de influência, isto é, de tudo aquilo que felizmente é passado e que hoje não acontece!
E lá dentro a surpresa - numa residência cujos primeiros donos eram proprietários da Vista Alegre, a mesa de jantar estava posta com uma baixela inglesa.
À porta da Casa Tait, e antes de descermos a rua de Entrequintas, deparámos com o seu portão fechado. Aí tivemos a explicação que a casa fora vendida pela família Tait à Câmara Municipal do Porto com a condição de se tornar um " espaço verde público ".
A Câmara seguiu à risca a condição imposta, fechando o portão, o que nos poupou a visita aos seus degradados jardins.
Após descermos a rua de Entrequintas, e a meio da rua da Restauração, paragem para vermos as ruínas do Convento de Monchique.
A maior parte dos seus magníficos altares em talha dourada, que pretendiam rivalizar com São Francisco e Santa Clara, podem ser vistos presentemente na igreja de S. Mamede de Infesta, incluindo o altar-mor.
A visita prosseguiu a caminho do Palácio de Cristal ( com passagem pelo Palácio dos Carrancas, oferecido pelo rei D. Manuel II à Misericórdia, que por sua vez o ofereceu à Câmara do Porto, o que fez com que a Câmara, em plena época revolucionária de implantação da república, desse o nome do rei à rua ), onde visitámos o Jardim dos Sentimentos ( a rever ) e a Capela de Carlos Alberto. A tarde terminou com um cálice de Porto e uma amena cavaqueira no Solar do Vinho do Porto.
Já na sede do Clube, e embevecidos a ver a projecção das fotografias tiradas durante a tarde, os convivas até esqueceram as tripas à moda do Porto que os esperavam para o jantar
O pensamento inscrito na ementa dizia:
-" O que nos faz felizes é o que desfrutamos, não o que temos."
Creio manifestar o sentimento de todos ao dizer que:
- desfrutámos de um magnífico convívio entre amigos;
- desfrutámos de uma belíssima lição acerca de uma época da nossa história, e do Porto em particular.
Agradecemos ao Sr. Marques da Silva, que desfruta do estudo da História da Cidade do Porto, por nos ter dado a oportunidade de desfrutar da sua companhia e dos seus ensinamentos.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
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